A ação educativa conta com apoio da Escola do Poder Judiciário de Roraima e da Rede de Acessibilidade O ciclo de palestras e workshops do curso “Teoria e práticas da inclusão”, promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), teve prosseguimento nesta terça-feira (12/4). A abertura ficou a cargo do juiz de […]
A ação educativa conta com apoio da Escola do Poder Judiciário de Roraima e da Rede de Acessibilidade
O ciclo de palestras e workshops do curso “Teoria e práticas da inclusão”, promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), teve prosseguimento nesta terça-feira (12/4). A abertura ficou a cargo do juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e professor da Enfam, Marcus Vinícius Pereira Júnior, que externou seu contentamento pela realização das atividades.
“É uma felicidade participar deste curso realizado pela Enfam, com o excelente apoio da Escola do Poder Judiciário de Roraima, que nos proporcionará esse dia de acessibilidade, com todas as tecnologias utilizadas pela Enfam, a fim de facilitar a comunicação entre as pessoas”, disse o juiz.
Os palestrantes do evento foram a professora de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Izabel Maria de Loureiro Maior e o psicólogo e jornalista Emílio Figueira.
O que é deficiência
A palestra da professora Izabel Maria de Loureiro Maior abordou a diversidade e a desmistificação sobre o que é deficiência. A especialista falou sobre o preconceito e a discriminação contra pessoas com deficiência e apresentou novos conceitos que foram abordados na Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Foi nessa Convenção que surgiu a noção de que as pessoas com deficiência devem ser observadas sob o foco dos direitos humanos. Não meramente sob o foco da saúde ou o foco da educação especializada, ou qualquer aspecto da assistência social, como foi no passado”, ressaltou.
Luta histórica
O psicólogo e jornalista Emílio Figueira, que tem paralisia cerebral, falou sobre sua história de vida e relatou como ele e pessoas com a mesma deficiência que a sua eram excluídos da sociedade nos idos dos anos 1970. O palestrante apresentou um vídeo produzido por ele sobre a política voltada às pessoas com deficiência no Brasil e a atual falta de representatividade nacional.
O vídeo se valeu de tecnologia assistiva, contando com um narrador. Emílio Figueira ressaltou a importância dessa tecnologia para a comunicação e a realização de palestras. “Preparei os textos e usei inteligência artificial, ou seja, usei um narrador para apresentar meu conteúdo. Isso é uma forma de mostrar que a pessoa com deficiência pode usar a tecnologia para se comunicar e até dar uma palestra”, afirmou ele.