A ação educativa conta com apoio da Escola do Poder Judiciário de Roraima A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) iniciou o ciclo de palestras e workshops do curso “Teoria e práticas da inclusão”, nesta segunda-feira (4/4). A abertura da ação educativa coube à diretora da Escola do Poder Judiciário de Roraima […]
A ação educativa conta com apoio da Escola do Poder Judiciário de Roraima
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) iniciou o ciclo de palestras e workshops do curso “Teoria e práticas da inclusão”, nesta segunda-feira (4/4). A abertura da ação educativa coube à diretora da Escola do Poder Judiciário de Roraima (Ejurr), desembargadora Elaine Bianchi, que externou seu contentamento pela realização da atividade. A magistrada relembrou o protagonismo da Enfam em 2021, quando criou grupos de estudo em várias áreas temáticas e solicitou a indicação de dois membros da Ejurr para o grupo que discutiria a acessibilidade e inclusão.
“Tenho especial orgulho em dizer que as indicadas pela nossa escola para discutir a acessibilidade e inclusão estão comigo hoje nos auxiliando na acessibilidade deste evento junto com os demais servidores da Ejurr. Isso demonstra a importância das ações conjuntas e dos sonhos sonhados juntos. Compreendo que a iniciativa da Enfam veio ao encontro dos projetos da Ejurr e ajudou a escola a assumir papel de vanguarda nesta área”, destacou a magistrada.
Na sequência, o coordenador dos trabalhos, juiz do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) Adhemar Chúfalo Filho, apresentou as palestrantes do evento, a professora especializada em educação de pessoas com deficiência visual Ethel Rosenfeld, e a socióloga e consultora na área de inclusão de pessoas com deficiência Marta Gil.
Superando desafios
A palestra da professora Ethel Rosenfeld abordou mitos e realidades das pessoas com deficiência visual. A exposição foi um relato de sua própria vida, como pessoa com deficiência visual desde os 13 anos de idade, passando por todos os obstáculos enfrentados e, também, sobre como eles foram superados até os dias de hoje, aos 76 anos. Ela falou sobre a importância dos amigos, do aprendizado em braille, das barreiras emocionais e sobre a convivência com seus pares.
“Alguns pais têm preconceito em colocar seus filhos em escolas especializadas, mas eles não sabem como estão errando. Os iguais se entendem e depois, a gente procura a inclusão”, relatou a professora.
Política de acessibilidade
Em sua apresentação, a socióloga Marta Gil falou da experiência como voluntária na inclusão de pessoas com deficiência, área em que atua desde 1976, e abordou a pesquisa coordenada por ela, em 1989, sobre o perfil dos brasileiros com deficiência visual e do projeto de sua autoria “Reintegra – rede de informações integradas sobre deficiência”, implementado pela Universidade de São Paulo (USP).
A especialista também falou do trabalho realizado pelo Amankay – Instituto de Estudos e Pesquisas, o qual coordena, que tem como valores a inclusão social, a equiparação de direitos e o exercício da cidadania. “Nós fazemos consultorias, projetos, pesquisas, workshops, produzimos livros para cursos de educação a distância e, ainda, fazemos diagnósticos em empresas para verificar as condições de acessibilidade e de empregabilidade”, destacou a palestrante.
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