Enfam é motivo de orgulho do magistrado brasileiro

A Enfam pode se orgulhar de exportar cursos com programas exitosos, cooperando com outras escolas judiciais do nosso país e da América do Sul. A afirmação foi feita pela juíza federal Germana Moraes, conselheira da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, na palestra de encerramento do I Curso de Formação de Formadores, no […]

A Enfam pode se orgulhar de exportar cursos com programas exitosos, cooperando com outras escolas judiciais do nosso país e da América do Sul. A afirmação foi feita pela juíza federal Germana Moraes, conselheira da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, na palestra de encerramento do I Curso de Formação de Formadores, no final da tarde desta quinta-feira, no auditório do edifício sede do Conselho da Justiça Federal (CJF).

Segundo a conselheira, a Enfam tem suprido esta carência da formação pedagógica promovendo cursos e fornecendo ferramentas que auxiliam o juiz a garantir a liberdade na sociedade. “Atualmente, em várias regiões do mundo, as atitudes liberticidas estão se proliferando, por isso, nós magistrados, devemos ficar atentos e atualizados com os desejos da sociedade”, observou.

A juíza Germana Moraes lembrou que questões como as referentes aos Direitos Humanos já foram trabalhadas em cursos ministrados pela Enfam. Ela citou o de “Violência Doméstica contra a Mulher” e “Comunidade Negra e a Justiça no Brasil”, acrescentando que em 2012, em parceria com a Escola Judicial da Costa Rica, a Enfam participa da cooperação com o intercâmbio entre os membros da Rede-Ibero-Americana de Escolas Judiciais (Riaej) e a capacitação de cerca de 16 mil juízes.

Ao longo de sua explanação, Germana Moraes relembrou o esforço para a criação da Enfam, instalada em 2006, fruto da Reforma do Judiciário de 2004. Enalteceu a produção acadêmica e as pesquisas que são feitas pela Escola sobre temas afetos à realidade.

Na sua opinião, o magistrado brasileiro também tem que estar atento às mudanças que estão ocorrendo nos países do nosso continente. “Vamos aprender com os nossos irmãos vizinhos e apresentar o que já fizemos com sucesso”, acrescentou. Ela informou que já ouviu de colegas magistrados destes países que será mais fácil se obter a maior integração da América do Sul através da ação dos órgãos judiciais.

Germana Moraes, que pertence à Seção Judiciária do Ceará, concluiu sua palestra dizendo que a educação é a principal ferramenta que o magistrado dispõe para tentar construir um mundo melhor. “Vamos mudar o pensamento de que a Justiça brasileira tem uma visão conservadora. Se comuniquem entre sí. Não se vejam como técnicos. Somos seres humanos e devemos trabalhar e pensar com o coração. Este é o grande desafio para a formação do magistrado humanista”, finalizou.

A solenidade de encerramento do curso contou com a participação do secretário da Enfam, Armando Cardoso, e do coordenador de Ensino, Antonio Matoso Filho. Durante o evento, as professoras Anelice da Silva Batista, Katia Augusto Pinheiro da Silva e Lívia Freitas Borges foram homenageadas. Receberam flores dos mais de 90 participantes do curso.

O I Curso de Formação de Formadores reuniu esta semana em Brasília representantes das 27 escolas estaduais da magistratura e das cinco federais que atuam em curso de aperfeiçoamento de juízes. Eles aprofundaram o conhecimento sobre os temas “Experiência em Tutoria, casos e causos”, “Educação a Distância e Afetividade” e “Cursos a Distância na Enfam e compartilhamento nas escolas”.