Enfam homenageia Sálvio de Figueiredo, pioneiro da educação judicial

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) prestou nesta segunda (29/04) homenagem ao seu grande idealizador. A Escola incorporou o nome do ministro Sálvio de Figueiredo em sua designação e também inaugurou uma placa e uma foto em deferência ao magistrado falecido em fevereiro último. A diretora-geral da instituição, ministra Eliana Calmon, […]

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) prestou nesta segunda (29/04) homenagem ao seu grande idealizador. A Escola incorporou o nome do ministro Sálvio de Figueiredo em sua designação e também inaugurou uma placa e uma foto em deferência ao magistrado falecido em fevereiro último. A diretora-geral da instituição, ministra Eliana Calmon, afirmou que Sálvio foi o “artífice maior da Enfam” e um “sonhador capaz de mudar até o imutável”.

Calmon destacou o papel decisivi de Sálvio de Figueiredo na luta pela educação judicial no Brasil. “Os cursos são importantes para os jovens juízes que assumem suas comarcas e precisam entender seu papel político e social. Se podemos criar projetos para o magistrado do século XXI, é graças ao esforço de Sálvio de Figueireo”, ressaltou.

A viúva do ministro Sálvio, Simone Ribeiro de Figueiredo, inaugurou a placa em tributo ao marido juntamente com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer. Emocionada, ela disse que a Enfam era concretização de um sonho acalentado por 40 anos. “Desde 1972, quando ele viajou para Portugal para um curso e conheceu escolas de magistratura europeias, ele sonhava em trazer esse modelo para o Brasil”, salientou.

O ministro Arnaldo Esteves, mineiro como o ministro Sálvio, disse ter boas recordações do seu antigo professor. “Tive aulas de direito civil em Minas com Sálvio e ele tinha grande satisfação em ensinar. Naquela época, já defendia para seus alunos a criação de escolas de magistratura”, destacou. Para ele, a Enfam incorporou bem o espírito do Ministro Sálvio “que era um excelente juiz, muito ligado ao mundo real e não era preso a conceitos fossilizados”.