Enfam inicia a oficina “Comunicação diversa, acessível e inclusiva na prática”

A ação educativa visa transmitir as diretrizes de acessibilidade para o conteúdo na web

A ação educativa visa transmitir as diretrizes de acessibilidade para o conteúdo na web

Em mais uma ação educacional, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados iniciou, nesta segunda-feira (9/5), a oficina “Comunicação diversa, acessível e inclusiva na prática”. A série, composta por três aulas, objetiva transmitir as diretrizes de acessibilidade para a web, de modo que o conteúdo produzido possa ser acessado e compreendido por todas as pessoas.

A exposição coube à jornalista e assessora de Comunicação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, Priscila Fonseca, e à jornalista– especialista em produção de conteúdo acessível e inclusivo, e ativista por uma comunicação sem barreiras –, Elza Albuquerque.

Neste primeiro dia de oficina, os inscritos foram familiarizados com o tema e sua importância. Ficou demonstrado que mudanças simples já contribuem para a acessibilidade e inclusão. O foco da aula foi concentrado no conteúdo escrito. “A acessibilidade digital é uma série de recursos que possibilita a navegação de qualquer pessoa na web, independentemente de suas dificuldades”, frisou Priscila Fonseca.

As instrutoras destacaram as dificuldades de se implementar as mudanças, já que a sociedade está estruturada para atender ao padrão. “O desafio é que o modelo estabelecido há muito tempo não contempla a diversidade humana. A consequência disso é a invisibilidade e a exclusão do convívio social e do exercício de direitos. É tempo de nos reeducarmos”, disse Elza Albuquerque.

Como podemos mudar o padrão?

As painelistas lembraram que o engajamento pela acessibilidade e inclusão é uma obrigação do profissional de comunicação prevista em normativos, sendo a Constituição Federal de 1988 o principal deles, quando no seu “Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais” garante a liberdade e a igualdade para todos, sendo a informação um dos meios para alcançá-las.

As jornalistas chamaram a atenção para mudanças simples de postura, como o cuidado com os termos de tratamento utilizados para pessoas com deficiência, e para uma série de boas práticas de conteúdo acessível e inclusivo. Entre elas, destacam-se a adoção de texto sempre alinhado à esquerda, de forma que a leitura fique mais fluida; uso de marcações (títulos, subtítulos, quebra de linhas e numerações para facilitar a leitura); e a escritura exata do destino do link ao qual a pessoa será levada, em substituição ao “clique aqui”.

Também foi discutido o uso da linguagem neutra, que propõe a criação de novas palavras e pronomes de tratamento para pessoas que não se identificam com o gênero de nascimento.

O curso seguirá nesta terça-feira (10/5), quando os participantes deverão trabalhar utilizando conteúdos audiovisuais.