A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) participou do seminário Organizações criminosas internacionais, promovido pela Escola Paulista da Magistratura (EPM), pela Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) e pela Scuola Superiore della Magistratura della Repubblica Italiana (SSM). O evento, realizado na EPM nos dias 11 e 12 de dezembro, teve o apoio da Embaixada do Brasil na Itália, onde foi transmitido com tradução simultânea.

O secretário-geral da Enfam, Ilan Presser, participou do segundo painel, que tratou dos desafios da cooperação internacional entre Brasil e Itália. Também estiveram na mesa o vice-diretor do Paccto 2.0, Giovanni Tartaglia Polcini, e o procurador da República Vladimir Aras. “A temática é de enorme relevância, já que vivemos em um mundo interconectado e com tecnologia cada vez mais sofisticada. Nesse contexto, as fronteiras físicas não mais limitam a atuação do crime organizado”, disse Ilan Presser. Ele também destacou que o tráfico de drogas, o contrabando, os crimes ambientais, a lavagem de dinheiro e a corrupção transnacional exigem respostas igualmente globais, céleres e integradas dos Estados Nacionais e seus sistemas de Justiça.

O seminário foi coordenado pelos desembargadores José Maria Câmara Junior e Nino Oliveira Toldo, pelo magistrado Roberto Giovanni Conti e pelo advogado Federico Vianelli. A iniciativa integra o projeto Diálogos jurídicos, que visa debater temas de interesse mundial, em parceria com escolas de magistratura e instituições de ensino europeias.

A programação contou também com mesas de debate sobre a estrutura das organizações criminosas empregadas pelas redes criminosas; recuperação de ativos e medidas assecuratórias; políticas públicas integradas de prevenção, repressão e proteção às vítimas; organização criminosa para o tráfico de drogas transnacional (Brasil – Itália); lavagem de dinheiro e seus reflexos para outros crimes; organizações criminosas: legislação brasileira e legislação italiana; e políticas de segurança pública.

Com informações da EPM