Enfam realiza curso sobre estudo de caso como método pedagógico de ensino

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) realizou em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) o curso Laboratório de aprimoramento docente – estudo de caso como método pedagógico de ensino. A ação educacional integra o Formação de Formadores da Enfam e é destinado a magistrados e servidores atuantes no planejamento e na execução […]

Fofo_maio_Goiania_internaA Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) realizou em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) o curso Laboratório de aprimoramento docente – estudo de caso como método pedagógico de ensino. A ação educacional integra o Formação de Formadores da Enfam e é destinado a magistrados e servidores atuantes no planejamento e na execução de ações voltadas para a formação de juízes. O curso foi sediado pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Esmeg), em Goiânia.

O curso, que é promovido em edições regionais, reuniu 11 magistrados e 12 servidores dos Estados da Região Centro-Oeste e do Tocantins na sede da Esmeg. As 16 horas/aula foram ministradas pelos professores da FGV Wanderley Fernandes, Marina Feferbaum e André Rodrigues Corrêa, que trataram das características do estudo de caso como método e material didático, bem como as questões fundamentais de ensino para profissionais magistrados.

Oficina

Marina Feferbaum, que é coordenadora da área de Metodologia de Ensino do Direito da FGV, destacou que o curso é direcionado ao estudo de caso observando-se cada elemento que o compõe, de modo a oferecer ferramentas e vivências em sala de aula ao magistrado, em prol da melhoria na prestação jurisdicional. “Estamos estudando desde a elaboração do estudo de caso até os seus desafios, em sua aplicação didática e prática.”

A professora começou a explanação apresentando possíveis estratégias de ensino que podem ser agregadas ao estudo de caso, como por exemplo, as plataformas de ensino online, grande tendência da educação norte-americana. Marina Feferbaum ressaltou que investe-se cada vez mais em plataformas de ensino online e em cursos curtos que desenvolvem habilidades específicas, intitulados nano degree. “O papel do professor está passando por um processo de mudanças, saindo do padrão tradicional para assumir características de treinador, o chamado coach“, explicou.

Logo após, a jurista expôs sobre métodos de ensino e avaliação genéricos e utilizados na área do Direito. Começando pelo role-playing, no qual o aluno assume um papel dentro do Direito para resolução de um determinado problema; a simulação, que parte da criação de cenários que simulam a realidade, onde os discentes também podem assumir posturas do caso; e os seminários temáticos, método em que os alunos de um determinado grupo assumem a exposição e falam sobre um tema que dominam mais que os demais colegas. O método seminários temáticos foi pauta de debate da turma, que vê déficits em sua aplicação. Os professores questionaram a aplicação do método e elencaram formas promissoras de o fazer.

O professor André Rodrigues Corrêa defendeu o método participativo, apresentando instrumentos que podem ser usados antes ou durante a aula. Segundo o professor, a transição de aula expositiva para participativa contribui para a formação e atuação dos profissionais do Direito, na medida em que possibilita um aprendizado mais palpável. “A prática também pode ser adquirida na instituição de ensino. Não dá para aprender a expor só ouvindo, precisa-se desse contato mais prático”, pontuou. “A forma como o aluno interage diz muito sobre a forma como ele absorve”, finalizou. No entanto, frisou que o método expositivo ainda continua sendo necessário em muitas situações.

Ao final das apresentações, os alunos entregaram um projeto de construção de caso didático, com base nas diretrizes apresentadas. Os professores analisaram os trabalhos e discutiram com a turma acerca do trabalho desenvolvido.

Fonte: Ascom/Esmeg