Turma discutirá, até sexta-feira, assuntos como Questões de Gênero, Controle de Convencionalidade e Sistema Carcerário
Juízes e juízas do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região participam nesta semana do Módulo Nacional de Formação realizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A qualificação ocorre na sede da Escola, em Brasília, e segue até sexta-feira, 15. O diretor-geral da Enfam, ministro Mauro Campbell Marques, e a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, prestigiaram a abertura nesta segunda-feira, 11.
O grupo é composto por 15 juízas e 24 juízes, sendo 33 pessoas brancas e 6 pessoas negras. O estado com o maior número de participantes é o Rio Grande do Sul, com 9, seguido por São Paulo e Paraná, com 4.
Campbell Marques destacou momentos importantes de sua carreira na magistratura e enalteceu a admiração e o respeito pela coragem de juízas e juízes. “É muito bom ser juiz, é muito bom transformar vidas e poder mudar para melhor aquilo que você conseguiu perceber de errado ou de ruim na sociedade e na comarca em que atua”, disse.
O diretor-geral da Enfam afirmou que o STJ é a casa da magistratura e incentivou aquelas pessoas que queiram ascender à carreira no Tribunal. “O STJ é um lugar de vocês, para vocês. Vocês são os melhores juízes do mundo porque são juízes brasileiros. Parabéns e sejam bem-vindos à magistratura”, ressaltou.
A desembargadora Regina Ferrari corroborou as palavras do ministro. “A angústia sempre estará conosco, mas a alegria de servir não tem preço”, falou. Como conselho, sugeriu que magistradas e magistrados exercitem a escuta de todas as partes envolvidas em um processo. “Nunca tenham a soberba de não receber a parte, seja quem for, empresário ou a pessoa mais humilde. Não tenha medo. Sejam sempre humildes e não se esqueçam de servir”, recomendou.
Ainda nesta segunda-feira, participantes do curso ouviram o secretário-geral da Enfam discorrer sobre o juiz contemporâneo e, à tarde, discutiram Ética e Humanismo. Na terça-feira, os temas serão Questões de Gênero e Direito Previdenciário; na quarta, Questões Raciais e O Poder do Judiciário e o Direito Indígena. Já na quinta-feira, os assuntos em questão são Justiça Restaurativa e Controle de Convencionalidade e, para encerrar, na sexta-feira as magistradas e os magistrados vão debater Direito Ambiental e Sistema Carcerário.