Especialista diz que Judiciário deve ocupar espaços na mídia

O jornalista Marcone Gonçalves, especialista em comunicação judiciária, destacou em sua palestra no III Curso de Iniciação Funcional de Magistrados que a magistratura deve estabelecer políticas assertivas para ser apresentada de forma adequada nos meios de comunicação. O curso, que foi concluído nesta sexta-feira (12/04), é uma iniciativa da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento […]

Marcone Gonçalves, assessor de Comunicação da Enfam.
Marcone Gonçalves, assessor de Comunicação da Enfam.

O jornalista Marcone Gonçalves, especialista em comunicação judiciária, destacou em sua palestra no III Curso de Iniciação Funcional de Magistrados que a magistratura deve estabelecer políticas assertivas para ser apresentada de forma adequada nos meios de comunicação. O curso, que foi concluído nesta sexta-feira (12/04), é uma iniciativa da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo (Enfam) e reuniu 55 magistrados recém-empossados no Piauí e Paraná.

Para Gonçalves, que é assessor de comunicação da Enfam, a política comunicacional para o judiciário deve levar em conta as transformações do país, como a ascensão da nova classe média, o crescimento econômico e a estabilidade política. “Há uma mudança de paradigmas. A comunicação não detém o poder, mas ela é que cria os espaços onde os poderes são de fato exercidos. O juiz tem que saber aproveitar esses espaços”, destacou.

Uma simples intervenção de um juiz numa rádio, apontou Gonçalves, pode evitar que algumas centenas de processos entrem num tribunal. Para ele, o juiz deve exercer essa liderança e desenvolver um relacionamento maduro com a mídia em defesa da Justiça. “Não sejam ingênuos. O jornalista não é amigo da fonte e não negocia matéria, tanto quanto o magistrado não negocia processo. Vocês são responsáveis pela construção de sua imagem e só devem responder aos jornalistas o que realmente querem dizer”, recomendou.