Juízes aprendem a planejar e executar aulas durante curso de formação

No período de 17 a 21 de outubro, cerca de 50 magistrados e servidores estiveram reunidos na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) para participar do curso de Formação de Formadores – Integrado – Nível 1 – Módulo 1 – 3ª edição. Um dos coordenadores das atividades, o desembargador do Tribunal de […]

No _jas6541período de 17 a 21 de outubro, cerca de 50 magistrados e servidores estiveram reunidos na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) para participar do curso de Formação de Formadores – Integrado – Nível 1 – Módulo 1 – 3ª edição. Um dos coordenadores das atividades, o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Roberto Portugal Bacellar, fez uma avaliação geral da ação educacional.

Bacellar ressaltou que, atualmente, 72 países participam de organismos internacionais de formação judicial e o grande desafio é fazer o juiz voltar aos bancos escolares. “Em geral, o juiz tem uma percepção tradicional do professor que ensina e do aluno que aprende. No curso percebem que a aprendizagem é uma via de mão dupla, em que o aluno ensina para o professor, o professor ensina para o aluno, e a aprendizagem vai sendo construída em conjunto, a partir da experiência que cada aluno traz para complementar o conteúdo preparado pelo professor”, salientou o desembargador.

Métodos ativos

Durante os cinco dias de curso, os participantes aprenderam a planejar e executar aulas. Essas competências foram adquiridas por meio de microaulas apresentadas. “Eles deram aulas de excelência, usando criatividade. Algumas chegaram a me emocionar”, declarou Bacellar. O desembargador ressaltou que “durante todo o tempo se fala da práxis criativa, teoria e prática articulada com ação/reflexão/ação. E a teorização entra no meio da prática e gera um resultado significativo para a aprendizagem”, conluiu.

Pioneirismo

Para o professor formador da Enfam, Erisevelton Silva Lima, “a Escola Nacional está sendo pioneira no sentido de criar a cultura, para todas as escolas de magistratura e judiciais, de uma pedagogia ativa, pautada no humanismo, na ética, e na integração do magistrado como um todo. Então, mesmo os que já têm experiência como formador, percebem o que ainda podem aperfeiçoar”, destacou.

Participação especial

O secretário-geral da Enfam, juiz Carl Olav Smith, e o desembargador Eladio Lecey, presidente da Comissão de Desenvolvimento Científico e Pedagógico, participaram do curso.

Carl Smith falou de suas percepções. “Pude observar uma grande coesão na turma e que todos tiveram o sentimento de que se aperfeiçoaram. Os alunos também conseguiram perceber que ainda têm um caminho grande pela frente para se tornarem formadores ou, para os que já são, para se tornarem formadores ainda melhores”, afirmou o secretário-geral da Enfam.

Assista ao vídeo produzido pela TV do STJ e exibido na TV Justiça.