O curso oferecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), em parceria com a Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo (EMES), trouxe como inovação a capacitação dos formadores para o uso do método de “estudo de caso”. Trata-se de uma ferramenta pedagógica que visa oferecer ao magistrado formador alternativas mais […]
O curso oferecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), em parceria com a Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo (EMES), trouxe como inovação a capacitação dos formadores para o uso do método de “estudo de caso”. Trata-se de uma ferramenta pedagógica que visa oferecer ao magistrado formador alternativas mais práticas na construção do conhecimento.
O estudo de caso permite ao magistrado docente trabalhar, com os alunos, casos didáticos, aplicáveis ao conteúdo da aula, por meio de técnicas e métodos de ensino participativo, além de possibilitar que o formador compartilhe sua própria vivência e contribua com a formação de seus pares. “A oficina permitiu uma intensa troca de experiências, visando à construção de um modelo de ensino nacional para os cursos de formação inicial e continuada da magistratura. Os ensinamentos transmitidos possibilitaram uma séria reflexão sobre o método de ensino a ser empregado nas escolas de magistratura do Brasil”, destacou o juiz Júlio Ferreira de Andrade, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
“Os formadores mostraram completa e espontânea adesão à metodologia participativa, integrando grupos de trabalho que apresentaram resultados concretos para os casos que foram montados nas oficinas, evidenciando que métodos didáticos não tradicionais estimulam a participação de todos, que enriquecem os debates com suas experiências profissionais”, afirmou o juiz do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Anselmo Laranja.
O secretário-geral da Enfam, juiz Paulo de Tarso Tamburini, destacou a importância da parceria estabelecida com a Escola Judiciária Eleitoral do Espírito Santo, o que propiciou a participação de cinco juízes eleitorais no curso. Tamburini ressaltou, ainda, que foi fundamental para o sucesso das atividades a participação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) “que conduziu as oficinas com reflexões participativas, em especial, sobre a metodologia de avaliação nos cursos de formação inicial e de aperfeiçoamento”.
A coordenadora de metodologia da FGV, Marina Feferbaum, relatou a satisfação por ter atuado na primeira edição do curso, em especial, pela qualidade do trabalho desenvolvido pela Enfam e pela disposição dos participantes. “Foi muito produtivo e gratificante acompanhar o desenvolvimento das atividades propostas e a seriedade dos envolvidos”, concluiu Marina.
A secretária-executiva da Enfam, Rai Veiga, adiantou que o Conselho Superior da Escola acaba de aprovar a realização de, pelo menos, outras cinco oficinas para 2015. “É de grande importância a consolidação do estudo de caso como alternativa metodológica na formação dos magistrados, pois permite o desenvolvimento de competências profissionais, integrando o conhecimento, a prática e as atitudes. Embora a previsão do uso desse método esteja presente desde os primeiros normativos da Enfam, não se tinha ainda investido numa capacitação sistemática dos magistrados formadores para a sua aplicação.”
O curso faz parte de um grupo de ações de capacitação da Enfam, integradas, voltadas à formação de formadores, incluindo magistrados e servidores das áreas pedagógicas, que atuam no planejamento e na realização das atividades educacionais das Escolas Judiciais e da Magistratura.
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