Magistradas francesas ministram curso para formadores em Porto Alegre

“A avaliação é um aspecto fundamental no processo de aprendizagem”, afirma Véronique Cadoret, juíza e professora da Escola Nacional da Magistratura da França (ENM). Ela e a também magistrada Emmanuelle Leboucher-Cabelguenne ministram curso para magistrados formadores na Escola da Magistratura (Emagis) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4, em Porto Alegre (RS), com o […]

fofoportoalegre“A avaliação é um aspecto fundamental no processo de aprendizagem”, afirma Véronique Cadoret, juíza e professora da Escola Nacional da Magistratura da França (ENM). Ela e a também magistrada Emmanuelle Leboucher-Cabelguenne ministram curso para magistrados formadores na Escola da Magistratura (Emagis) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4, em Porto Alegre (RS), com o apoio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

A iniciativa da Emagis visa a qualificar os instrumentos pedagógicos dos juízes e desembargadores que atuam como formadores de novos juízes. A parceria com a ENM, com apoio da Enfam, busca somar à experiência da 4ª Região a formação francesa, uma das mais respeitadas do mundo. “O espectro de formação do juiz francês é maior, envolvendo sociologia, filosofia, economia, entre outras áreas”, lembra o diretor da Emagis, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.

Neste primeiro encontro, as professoras buscaram familiarizar-se com as experiências de formação da Justiça Federal da 4ª Região. “Nosso formato de aula vai ser de trocas. Queremos uma interação entre vocês”, apontou Véronique. Os formadores apresentaram-se e refletiram sobre as principais dúvidas surgidas nos cursos de formação anteriores. A principal questão debatida foi a da avaliação: como estimar o que o juiz aprendeu e se ele colocará em prática os conteúdos?

A partir desse questionamento, Véronique e Emmanuelle dissertaram sobre um conceito de ensino formulado pela ENM, que busca identificar as capacidades fundamentais para a magistratura. “Nos perguntamos: ‘o que o futuro juiz deve ser capaz de fazer?’ e, a partir das respostas, elaboramos nosso plano pedagógico”, explicou. A questão da avaliação, para a escola francesa, decorre daí: é preciso verificar se essas características chaves foram desenvolvidas no decorrer do curso e não só ao seu final.

Com informações da Emagis/TRF4