Ministro Sidnei Beneti abre encontro sobre ética e enumera itens indispensáveis ao trabalho diário do magistrado

Confiabilidade, imparcialidade ostensiva, confidencialidade, respeito ao próximo, serenidade, presteza, educação, atualização e cultura são alguns dos itens indispensáveis à magistratura, conforme afirmou hoje de manhã o ministro Sidnei Beneti, do Superior Tribunal de Justiça, na abertura do encontro “Colóquio sobre ética profissional e a redação forense como ferramenta para efetividade do processo”, realizado no auditório […]

Confiabilidade, imparcialidade ostensiva, confidencialidade, respeito ao próximo, serenidade, presteza, educação, atualização e cultura são alguns dos itens indispensáveis à magistratura, conforme afirmou hoje de manhã o ministro Sidnei Beneti, do Superior Tribunal de Justiça, na abertura do encontro “Colóquio sobre ética profissional e a redação forense como ferramenta para efetividade do processo”, realizado no auditório do Conselho da Justiça Federal. Para o ministro, de nada adiantará ser o juiz conhecedor do Direito e das ciências afins se lhe faltarem os atributos morais e éticos na vida particular e no desempenho de suas funções. Promovido pela Escola Nacional da Magistratura (ENM) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), com apoio técnico e logístico da Enfam, o evento objetivou sensibilizar os operadores do Direito para a importância da ética em suas atividades judicantes. Na solenidade, Sidnei Beneti representou o ministro Cesar Asfor Rocha, diretor-geral da Enfam.

Principal conferencista do encontro, o ministro do STJ salientou que, por ser uma carreira inspirada na ética, à magistratura se tributa “o epíteto de reserva moral da Nação”. Reiterando posicionamento manifestado na abertura de recente curso sobre a matéria, afirmou que, por essa razão, é indispensável e impostergável infundir nos juízes o compromisso e o comprometimento com a honra, a probidade, a retidão e o caráter. Na sua opinião, é fundamental entender que a magistratura é apenas uma peça na engrenagem e no conceito de ética do Poder Judiciário. “Não podemos esquecer o trabalho dos advogados, promotores, defensores, servidores, entre outros. É importante que cada um cuide de sua área, que cada um faça sua parte pelo bem de toda sociedade”, alertou o ministro.

Aberto oficialmente pelo presidente da AMB, desembargador Nelson Calandra, o encontro contou com a presença de renomados magistrados e juristas brasileiros, com destaque para os ministros Sepúlveda Pertence (aposentado do STF), atual presidente do Instituto Victor Nunes Leal, e Walmir Oliveira da Costa, do TST, e para os advogados Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Evandro Pertence, juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, e Pedro Gordilho, presidente do Conselho Curador do Instituto Vitor Nunes Leal. Na oportunidade, o desembargador Nelson Calandra enalteceu o ministro Cesar Rocha, creditando ao atual diretor-geral da Enfam a transformação do STJ. “Ele revolucionou o Tribunal, levando-o, em apenas dois anos, do século XX para o século XXI”, acrescentou o presidente da AMB, em referência ao processo de virtualização iniciado e concluído por Cesar Rocha entre 2008 a 2010, período de sua gestão.