Para magistrados educação prática é destaque da Formação de Formadores na Bahia

Segundo magistrados e organizadores, o curso de Formação de Formadores – Teoria e Prática do Planejamento de Ensino, realizado em Salvador pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) em parceria com a Escola de Magistrados da Bahia (EMAB), atingiu o objetivo de envolver todos os participantes, dentro de um método que inclui […]

Segundo magistrados e organizadores, o curso de Formação de Formadores – Teoria e Prática do Planejamento de Ensino, realizado em Salvador pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) em parceria com a Escola de Magistrados da Bahia (EMAB), atingiu o objetivo de envolver todos os participantes, dentro de um método que inclui interação e muita prática no processo de aprendizagem. A capacitação teve início na última quarta-feira (16) e foi encerrada nesta sexta-feira (18).

“Esta é a quinta edição do curso no Brasil e a realização em parceria com a EMAB colocou a Bahia dentro de um contexto no qual ela estava ausente. Ele propicia a retirada de todo um contexto paradigmático de didática que estávamos habituados, de aula verticalizada, e introduz métodos que são novos para a gente. Isso faz com que o conhecimento seja produzido pelo grupo e não transmitido de forma vertical”, destacou a juíza Laura Scalldaferri (BA), coordenadora do curso na Escola Baiana de Magistrados.

A coordenadora de Pesquisa e Ensino da Enfam, Marizete da Silva Oliveira (DF), destacou que, desde os primórdios, a escola atua com uma educação humanística e prática. “Trazemos a prática dos formadores magistrados para o curso a partir das suas experiências em seu ambiente de trabalho,” citou. A capacitação, segundo ela, alia o que diz a literatura sobre planejamento e técnicas de ensino com o contexto da magistratura.

A Juíza federal Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva (SC), formadora no curso, destacou que o método ativo facilita a aprendizagem, proporcionando maior eficácia. “O aluno não é um sujeito passivo. Tentamos desconstruir esta imagem antiga. Agora, o aluno constrói junto o conhecimento e se compromete com isso. Desta forma, ele consegue absorver o conhecimento de uma maneira muito mais efetiva, de modo a aplicar na prática jurisdicional. Nossa função aqui é fazer com que a justiça, que vai chegar ao cidadão, seja a melhor possível”, citou.

A metodologia utilizada também foi destacada pela coordenadora da EMAB, juíza Rita Ramos Carvalho (BA). Segundo ela, o modelo possibilita um processo de aprendizado mais “lúdico”, com a participação de todos em aulas dialogadas. “É um curso inovador. Foi muito importante a sua realização na Bahia, dentro de uma iniciativa do desembargador Jatahy Fonseca Júnior, diretor da EMAB”, enfatizou.

O coordenador do curso, o juiz José Henrique Torres (SP), destacou que, além de construir o conhecimento, o curso possibilita que os juízes aprendam a fazer a jurisdição, a prática jurisdicional em seu dia a dia. Ele lembrou que “a sociedade, infelizmente, tem uma imagem negativa do Judiciário”, e que é preciso reverter isto. “Nós mesmos temos que transformar esta realidade, e, para isto, pensamos neste curso. Mas esta transformação começa pela transformação do próprio juiz”, enfatizou. Torres lembrou que o juiz tem o preparo do saber, conhece os códigos, as leis, as doutrinas, mas precisa também conhecer o funcionamento da atividade. “É preciso saber fazer, e de forma humana, ao tempo em que as pessoas também respeitem a atividade. É isto que queremos fazer: antecipar esta prática. Fazer com que os juízes saibam fazer tudo aquilo que eles aprendem”, finalizou o magistrado.

Uma dos 35 participantes do curso, a juíza Ângela Bacellar, considerou positiva a realização do mesmo. “Foi excelente e muito enriquecedor. Contribuirá muito”, afirmou.

Com informações da Assessoria de Comunicação AMAB/EMAB

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