Secretário-Geral da Enfam participa de encontro na EjuDFT

Evento fortaleceu integração entre corpo docente e coordenadores pedagógicos

A Escola de Formação Judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (EjuDFT – TJDFT) realizou, nesta quarta-feira (19), o Encontro Docente 2025, iniciativa anual voltada ao fortalecimento da integração com seu corpo docente e coordenadores pedagógicos. O evento também busca fomentar reflexões sobre temas emergentes e de relevância para a educação judicial. O secretário-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), Ilan Presser, participou da cerimônia de abertura.

A programação contou com a palestra Educação Judicial e Inteligência Artificial (IA): desafios e perspectivas, que buscou contribuir para o letramento digital de docentes e coordenadores pedagógicos da EjuDFT. O objetivo foi orientar a ampliação de competências pedagógicas e digitais do corpo docente, além de apoiar a construção de uma cultura educacional inovadora, crítica e responsável.

A palestra foi ministrada pelo juiz Ferdinando Marco Gomes Serejo Sousa, mestre em Direito pela Enfam, e foram abordados assuntos como o uso ético da inteligência artificial, métodos para detectar conteúdos gerados por ferramentas automatizadas e as perspectivas futuras para a incorporação da IA nos processos de ensino e aprendizagem.

O secretário-geral da Enfam, Ilan Presser, ressaltou que a IA generativa apresenta diversos desafios, potencialidades e dilemas para a educação judicial. Ele destacou que o letramento digital do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) envolve temas como capacitação sobre viés algorítmico, proteção de dados, confiabilidade das fontes e necessidade de garantir que o uso da IA não comprometa a autonomia decisória do magistrado. “Nesse contexto, a educação judicial contemporânea deve combinar tradição jurídica com letramento digital, preparando profissionais para usar a IA generativa como ferramenta e instrumento à decisão. Jamais como substituta da capacidade humana de sentir e julgar”, afirmou.