“A simulação é considerada a ‘rainha’ das metodologias pedagógicas ativas, o que possibilita, em uma simulação de audiência, que o juiz se coloque no seu papel e também no dos demais participantes, como promotores, advogados, partes e testemunhas”, afirmou a juíza federal Ana Cristina Monteiro, formadora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados […]
“A simulação é considerada a ‘rainha’ das metodologias pedagógicas ativas, o que possibilita, em uma simulação de audiência, que o juiz se coloque no seu papel e também no dos demais participantes, como promotores, advogados, partes e testemunhas”, afirmou a juíza federal Ana Cristina Monteiro, formadora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).
Segundo a juíza, o aprendizado gera mais sensibilidade ao magistrado para enfrentar as situações práticas do dia a dia. “Nós precisamos simular toda essa situação de pressão que sofremos nas audiências, para que possamos nos aprimorar continuamente. Esse é o sentido da educação judicial: aprimorar os magistrados para que a prática judicante possa servir à sociedade com mais excelência”, frisou Ana Cristina.
A técnica é uma das empregadas no curso de Formação de Formadores da Enfam. A turma de 30 alunos é a última que trabalha nessa ação pedagógica no formato de 2016. Após cinco dias reunidos em Brasília, a Escola Nacional espera ter contribuído para que os magistrados estejam capacitados a aplicar as técnicas pedagógicas aprendidas, articuladas com a experiência judicante, nos cursos ministrados nas escolas judiciais federais e estaduais onde atuam.
O professor formador da Enfam, pedagogo Erisevelton Silva Lima, explicou que as simulações de audiências são realizadas de duas formas. Em uma delas, os magistrados simulam como não fazer, ou seja, como não tratar os envolvidos na audiência. Na outra, procedem da forma correta. “A técnica é uma estratégia para trabalhar a gestão de conflitos que ocorrem nas audiências. Se colocar no lugar do outro, gera aprendizado”, concluiu o pedagogo.
Coordenação
O curso se encerra nesta sexta-feira (7/4) e teve como coordenadores os formadores da Enfam juíza Ana Cristina Monteiro, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e juiz Marcos de Lima Porta, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Também participaram da coordenação pedagogos e servidores das áreas de ações educacionais da Enfam, e os pedagogos formadores Erisevelton Silva Lima e Liliane Campos Machado. Os juízes Carlos Henrique Oliveira e Rosivaldo Toscano dos Santos Júnior atuaram como colaboradores na ação educacional.