Temas atuais relevantes são abordados no Encontro de Formadores da Enfam

O evento reúne, presencialmente, docentes que atuam na formação inicial da magistratura

Docentes da Formação Inicial da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados deram continuidade, na tarde desta terça-feira (29/2), às atividades do Encontro de Formadores. Divididos em grupos, se debruçaram sobre temas como Questões Raciais, Questões de Gênero, Controle de Convencionalidade, Ética e Humanismo, Vieses Cognitivos da Decisão Judicial, Direito Ambiental, Direitos dos Povos Indígenas, Sistema Carcerário, Proteção dos Vulneráveis, Cooperação Jurisdicional, Justiça Restaurativa e Direito Digital.

 O corpo docente é responsável por realizar a capacitação obrigatória, composta por 480 horas-aula – destas, 40 horas-aula correspondem ao Módulo Nacional, que acontece na sede da Escola.

A formadora e participante do curso Úrsula Souza, do Tribunal de Justiça de Rondônia, contou que o curso está sendo renovador. “O treinamento está nos motivando e estimulando a pensarmos e repensarmos a nossa formação, como a gente pode preparar o juiz substituto, a formação inicial, para que ela seja ainda mais adequada, disruptiva e reflexiva”, destaca.

Mara Lina Silva do Carmo, do Tribunal Regional Federal TRF1 – 14ª Vara de Goiânia/GO, chamou atenção para as dinâmicas realizadas durante o encontro, as quais ela classificou como enriquecedoras. “Além da produtiva organização dos grupos, com base em temas das aulas de formação inicial, as exposições trouxeram elementos importantes para a reflexão sobre nossa atuação e como podemos aprimorá-la, a fim de proporcionarmos uma formação inicial, de fato, contributiva para as novas magistradas e os novos magistrados”, concluiu.

Úrsula complementou reforçando a importância de se abordar essa diversidade e de se ir além do conhecimento adquirido no estudo para o concurso, atuando para a transformação da realidade. “Pensarmos nesses temas tão diversos faz com que o aluno, primeiro, olhe a diversidade, compreenda a diversidade. Somos um perfil muito parecido. Nós temos uma formação muito parecida daquele que chega na magistratura. Então a gente tem um espaço para a diversidade compreender, para além do posto daquilo que se conhece, a cultura. Compreender a realidade que eles vão levar a povos originários, comunidades tradicionais, questões de gênero, e ao mesmo tempo observar que eles fazem parte do Estado, mas eles não podem consolidar violências que são de uma estrutura estatal”, concluiu.

O Encontro segue até hoje quando serão debatidos os Desafios e Possibilidades na Formação Inicial de Magistrados.

29/02/2024 e 01/03/2024 | Encontro de Formadores da Enfam