Tutores se reúnem em Brasília

Começou hoje (12) e segue até amanhã (13), o I Encontro Nacional de Tutores na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A ação formativa destina-se a tutores dos cursos a distância da Enfam, escolas estaduais e federais de formação de magistrados e convidados. Palestras, exposições orais, debates e oficinas estão programados para […]

Começou hoje (12) e segue até amanhã (13), o I Encontro Nacional de Tutores na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A ação formativa destina-se a tutores dos cursos a distância da Enfam, escolas estaduais e federais de formação de magistrados e convidados. Palestras, exposições orais, debates e oficinas estão programados para os dois dias do evento.

No primeiro dia, o professor João Mattar ministrou uma palestra sobre as possibilidades de mediação pedagógica e estratégias de avaliação na prática da tutoria. Os tutores da Enfam, Daniella Cabeceira, Eduardo Melo e Maria Eveline, relataram suas experiências na área, falando sobre a importância da atuação do tutor para a qualidade da educação a distância, assim como o seu papel para viabilizar a articulação teoria-prática. Falaram, ainda, sobre as estratégias que devem ser utilizadas para o desenvolvimento de competências profissionais comportamentais.

Na manhã do segundo dia de formação, as professoras Luci Ferraz e Andrea Filatro falaram, respectivamente, sobre as estratégias de comunicação afetiva no ambiente virtual para viabilizar a mediação pedagógica na EaD e abordaram acerca da comunicação tutor-aluno.

Oficinas

Durante os dois dias de formação, no período da tarde, os tutores participaram de oficinas, divididas em seis temáticas que abordaram sobre vídeos interativos, metodologia ativa, gamificação, avaliação, storytelling e desenvolvimento de competências profissionais.

Na oficina “Utilização da gamificação como metodologia ativa na EaD”, o professor João Mattar explicou teoricamente a metodologia e levou à turma vários exemplos. Segundo ele, em um curso on-line é possível utilizar elementos conhecidos de um jogo de videogame, como competição, desafios ou mudar de fase. “Por exemplo, podemos colocar o ranking, dar ponto para cada atividade, criar uma trilha para os alunos percorrerem”, disse. A atividade foi complementada com a demonstração na ferramenta de ensino a distância utilizada pela Enfam, o moodle, de determinados procedimentos.

Storytelling é contar histórias, só que não simplesmente contar histórias como uma narrativa, mas entendendo qual é o legado, qual é a sua trama”, explicou o professor Gabriel Collaço, responsável pela oficina “Storytelling”. Para ele, é muito importante pensar todos os processos, levando em consideração a história que foi pensada para um ambiente de aprendizagem.

Para Collaço, a oficina demonstra como criar no moodle, com áudio, vídeo e outros formatos. “É o transmídia storytelling: utilizar diversas mídias para contar uma história, para depois o estudante fazer as suas atividades, suas avaliações, participar de fóruns e tudo isso através daquela história, com personagens, lugar, tempo”.

A oficina “A transposição didática por meio de técnicas e métodos ativos” foi ministrada pela professora Ritze Ferraz, que trabalhou com métodos, metodologias e técnicas ativas para promover o aprendizado por meio de situações familiarizadas dos alunos como discussões em grupo, no método colmeia, além das fichas de métodos e técnicas ativas com objetivos e problemas. “A partir de uma dificuldade da vida real, descobre-se qual o método e técnica que eles vão aplicar para promover o aprendizado”.

Na oficina ministrada pelo professor Romes de Araujo, os alunos trabalharam com a produção de vídeos interativos. Ele falou da diferença entre vídeos gerais de entretenimento e educacionais. “O roteiro e a composição levam como referência a formação do profissional, mas no caso dos vídeos gerais eles não têm esse propósito”, destacou.

O professor José Vieira direcionou as atividades da oficina “Avaliação e registros de feedback no ambiente virtual”. O formador ressaltou a importância da interconectividade como elemento no processo de avaliação formativa na EaD. “O tutor deve estar sempre presente para que o aluno sinta que está sendo acompanhado e que esse feedback seja dado tanto na dimensão individual do aluno, como na dimensão coletiva”, disse.

 

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Fotos: Gustavo Lima | STJ