Enfam realiza curso Formação de Formadores Módulo 3 – Reflexões sobre a prática docente

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) iniciou ontem (7) o Módulo 3 do Nível 1 do curso Formação de Formadores, destinado a magistrados e servidores da Enfam, das Escolas Judiciais e de Magistratura e das Escolas Judiciárias Eleitorais que atuam no processo formativo de juízes. O Desembargador Eladio Lecey presidiu a […]

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) iniciou ontem (7) o Módulo 3 do Nível 1 do curso Formação de Formadores, destinado a magistrados e servidores da Enfam, das Escolas Judiciais e de Magistratura e das Escolas Judiciárias Eleitorais que atuam no processo formativo de juízes.

O Desembargador Eladio Lecey presidiu a abertura do curso e ressaltou a importância dessa etapa do processo, por se tratar da conclusão do nível 1 do curso de formação de formadores, o qual sintetiza diversos aspectos do trabalho docente na educação judicial.

A ação educacional foi dividida em dois momentos: no período da manhã, os formadores Léa Anastasiou e José Vieira ministraram duas palestras sob a coordenação do juiz federal Vladimir Vitovsky, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2); no período da tarde, foram realizadas cinco oficinas simultâneas acerca da atuação docente. A dinâmica das oficinas continuará até o dia (8), último dia do curso.

O processo de ensinagem do formador

A primeira palestra do dia, ministrada pela formadora Léa Anastasiou, abordou o uso de estratégias metodológicas (ativas) e avaliativas dentro do processo de ensinagem. Ela ressaltou que a natureza construtiva do conhecimento não é uma transferência ou transposição, devendo ocorrer por meio da interpretação e compreensão da aprendizagem. A professora também expôs a importante função das oficinas na autoavaliação, a partir dos princípios de inteligência emocional. Nessas oficinas, são praticados exercícios cerebrais de autoconhecimento que possibilitam o constante processo construtivo do conhecer.

“A inteligência emocional é importante em qualquer parte da sociedade, por ser aquela capacidade que nós temos de nos colocar no lugar do outro, perceber o que o outro está sentindo e responder a isso, de forma adequada, para incluir o indivíduo na conversa, e não excluí-lo por desclassificação. Ela é fundamental nas relações interpessoais, na família, na profissão, em todas as partes”, afirmou a formadora.

As possibilidades de avaliação do processo formativo

A palestra do professor José Vieira, por sua vez, contemplou o tema avaliação e explicou as suas diferentes funções e dimensões no processo educacional. “Não existe fórmula para se avaliar. É um processo intrínseco, todos nós avaliamos e estamos sendo avaliados o tempo todo”, ressaltou o professor.

Oficinas

As oficinas ocorreram simultaneamente e foram programadas para que cada magistrado participe de três temas distintos durante os dois dias do curso.

As temáticas e os formadores são, respectivamente: 1) Promoção da participação do aluno no desenvolvimento da aula expositiva, Fernando de Assis Alves; 2) O desenvolvimento de processos avaliativos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, José Vieira de Sousa e Maria Eveline Pinheiro; 3) Planejamento: a organização de estratégias de ensino para o desenvolvimento de competências, Léa Anastasiou e Fernanda Lage; 4) Aspectos da comunicação que apoiam o desenvolvimento da atuação docente, Luis Fernando; e 5) O uso das metodologias ativas como alternativa de articulação entre a teoria e a prática: explorando a problematização, Vladimir Vitovsky e Tais Schilling Ferraz.

O aluno Cleudson de Araújo Vale, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), conta como tem sido participar do curso da Enfam. “Estamos na metade do trabalho ainda, mas já avalio que realmente esta metodologia é muito boa. Nós participamos de uma simulação que nos fez refletir sobre a nossa atividade do dia a dia. Nós acabamos absorvendo um pouco do procedimento, do conhecimento, da parte de atitude do outro como aluno e como pessoa em seu ambiente de trabalho. Portanto, essa participação na simulação movimenta o conhecimento e é bem melhor do que uma aula somente expositiva, pois é mais interativa e nos força a refletir melhor o nosso conhecimento”.

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