Palestra sobre Desinformação e Poder Judiciário encerra Módulo Nacional de Formação Inicial da Enfam

Magistrados recém-empossados no TJMA e TJMT acompanharam apresentação no auditório da Escola

O Módulo Nacional de Formação Inicial, realizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), foi encerrado nesta sexta-feira (23) com uma palestra sobre Desinformação e Poder Judiciário. A ação foi realizada após uma semana de curso, destinado aos magistrados recém-empossados do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT). Antes da apresentação, o grupo realizou uma visita técnica ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A palestra foi ministrada pelo coordenador de Combate à Desinformação do STF, Victor Durigan, que abordou os impactos da desinformação sobre o sistema de justiça e a democracia brasileira. “A desinformação impacta o Poder Judiciário como um todo, e vocês, recém-empossados, terão que lidar com diversas situações relacionadas a esse tema”, alertou aos magistrados presentes.

Victor explicou que o fenômeno é intencional e frequentemente usado para manipular informações e espalhar discursos de ódio. “Busca distorcer ou forjar informações com o objetivo de influenciar contextos sociais, políticos ou econômicos. Muitas vezes, são conteúdos total ou parcialmente falsos, criados para prejudicar as pessoas”, destacou o especialista.

O coordenador também apresentou dados de uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial que apontam a desinformação como o principal risco global para os próximos dois anos. Segundo Victor, compromete e impacta a democracia, afetando a liberdade de expressão, o debate público, a tolerância e a autonomia.

“Afeta diretamente o trabalho e a vida pessoal de magistradas e magistrados”, disse, ressaltando os impactos das desinformações e as novas fronteiras desse tema, principalmente relacionadas à inteligência artificial e às novas tecnologias.
Por fim, o coordenador alertou para os novos desafios da desinformação, além da necessidade de o Judiciário estar preparado para lidar com esse tema, já que afeta diretamente o trabalho e a vida pessoal de magistradas e magistrados.